sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jornada de Lutas em BH. Quais serão as atividades?


Os movimentos estudantis, religiosos, populares e sindicais se unem em Minas Gerais no apoio à greve dos professores do Estado e realizam, desde a última quinta-feira (18), uma Jornada de Lutas pela Educação neste mês de agosto, com atos públicos, paralisações, acampamentos, intervenções, ocupações, doação de sangue e panfletagens. O principal evento acontecerá na próxima quarta-feira (24 de agosto), Dia de Luta em Defesa da Educação, em que todos os movimentos participarão de uma série de atividades que culminarão com uma grande manifestação, durante a assembleia estadual dos trabalhadores em educação, com concentração a partir das 14 horas no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A Jornada de Lutas, que une entidades representativas dos trabalhadores dos centros urbanos e rurais, como as centrais sindicais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e vários sindicatos, nasceu da construção de uma rede de solidariedade com os educadores de Minas Gerais. A categoria luta pelo piso nacional de R$ 1.597, que o governo do Estado se recusa a pagar, ao mesmo tempo em que admite que, caso atendesse a reivindicação, o impacto seria de apenas 3,44% nas despesas com pessoal.

Na segunda-feira (22), o MST, o MAB e a Via Campesina, juntamente com os professores, montarão um acampamento, ocupando uma área do Centro de Belo Horizonte no início da manhã. Durante todo o dia e na terça-feira (23), os acampados vão percorrer as ruas da capital mineira com faixas, bandeiras e distribuição panfletos com o objetivo de dialogar com a população. Também acontecerão, no acampamento, debates sobre a conjuntura brasileira e a educação em Minas Gerais.

Na manhã de quarta-feira (24), está programada uma aula itinerante pelas ruas de Belo Horizonte para o trabalho de conscientização da população para a luta por uma educação pública de qualidade e pela valorização dos profissionais do ensino. Durante todo dia, sindicalistas e militantes do movimento estudantis estarão envolvidos numa campanha de doação de sangue para o Hemominas.


Intransigente e truculento, o governo cortou os dias de paralisação. Milhares de profissionais do ensino estão sem receber os salários há quase 60 dias e passam por dificuldades. Por isso, além das manifestações de apoio, os movimentos sindical e social pedem doação em dinheiro para um fundo de greve, que pode ser feita por intermédio da conta na Caixa Econômica Federal: AG: 0086 – Operação: 03 – Conta: 1137-5.

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